Desde que o mundo é mundo, vivemos às voltas com convenções e regras que a gente supostamente tem de seguir. Porque não pega bem, porque o trabalho exige, por uma norma que alguém inventou e que molda como devemos nos comportar…
Com a moda – e consequentemente, com as mulheres – isso acontece muito. E quando a gente fica um pouco mais velha então, é impressionante como essas convenções parecem ter vida própria. A lista é grande. Cabelo comprido? Não cai bem. Roupa curta, tipo short ou saia, peças justas, roupas sem manga ou acima do joelho? É melhor aposentar. Parece que, depois de uma certa idade, tudo se torna meio over. 40, 50, 60… Será que a idade pode determinar a maneira como a gente se veste? A gente muda de estilo conforme os anos vão passando? Precisamos deixar de usar algumas peças que a gente ama só porque ficou mais velha? A minha resposta é não… Mas isso, claro, depende muito de cada um.
Já tive uma conversa sobre isso com uma amiga holandesa, que é stylist e mora em Amsterdã e ela conta que muitas mulheres a partir dos 40 anos ficam sem saber como se vestir. Algumas têm receio de se vestir de um jeito muito jovem ou usar roupas que as façam parecer mais velhas do que realmente são e acabam adotando um estilo muito básico, que não as valoriza. A dica dela é respeitar as proporções do seu corpo. Mas, acima de tudo, lembrar que somos livres para usar o que quisermos. O mais importante é você se vestir para se parecer bem para a idade que você tem e com o que te deixa feliz.
Eu tento pensar nisso quando me visto. Se calças e bermudas sempre foram seus queridinhos, por que tirá-los do guarda-roupa?
No meu, por exemplo, há peças de estilos variados, que uso dependendo do programa e do meu humor. Adoro usar bermudas, camisetas (até as de bandas ou artistas que eu amo!), vestidos amplos e confortáveis e jeans com modelagens que favoreçam e respeitem meu corpo.
No fim das contas, o importante é que a gente se sinta bem na nossa própria pele. Eu me sinto e você?
