Faz tempo que deixei de acreditar na ideia de que a gente tem que ter um guarda-roupa para o trabalho, outro para o fim de semana. Ou um para o verão, outro para o inverno, ou quem sabe ainda um para a cidade, outro para a praia. Com peças coringa, gosto de montar um único armário que é feito para mim, e que, com pequenas adaptações, flutua bem em qualquer ambiente, ocasião, estação e sentimento – sim, porque vestir-se também tem a ver com o nosso mood do dia, né? Tenho dias mais glamourosos, outros mais básicos, alguns bem femininos, outros mais masculinos, e por aí vai.
Neste verão, a Renner me convidou para falar dos itens-chave que levo para a praia e que transitam bem na cidade também, então eis a oportunidade de montar algumas composições e pensar em como eu levaria essas produções para fora da areia.
Jogo de proporções
Para a parte de cima, escolhi uma camisa, este clássico atemporal, em versão mais despojada: com listras largas, feita de viscolinho, mistura fresca e confortável para o calor. Usei aberta, como uma terceira peça, para completar uma base todinha preta que prova que essa cor, mesmo sóbria, também vai à praia. O bíquini básico foi usado em todos os meus looks, e aqui escolhi essa bermuda com um ar meio masculino, meio agênero, bem ampla, para compensar a pele à mostra.
Acho que a bermuda é um elemento inesperado aqui, porque a camisa já é larga, então costumamos associar com um shorts mais slim, e um tecido como o jeans ou a sarja. Gosto de brincar com esses lugares-comuns e me desafiar a pensar em novos formatos. Imagina só essa bermuda com a camisa fechada? Pronta para ir trabalhar! Arrematei a proposta com os óculos de sol e uma sandália. Conforto puro!