Pam Barja compartilha ideias de looks para visitar exposições culturais

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Sempre recebo no Instagram (me segue lá: @pambarja!) dúvidas do que vestir para ir a uma galeria ou museu. “Preciso ir chique?”, ‘como ser despojada sem parecer desarrumada?”, e por aí vai…

Então, para dar dicas práticas e efetivas, me juntei à Renner para montar três looks confortáveis, criativos e estilosos para visitar ambientes artsy. Inclusive, você sabia que a Renner tem um compromisso com a ampliação do acesso à cultura? Vale ler até o fim, que trago mais detalhes!

Curiosidade: para este texto, fiz fotos na Pinacoteca de São Paulo, no Masp e no novo Edifício Pietro Maria Bardi, que fica ao lado da construção original na avenida Paulista e abriga cinco andares. Já que estava por lá, aproveitei para conferir a exposição Geometrias, que aglomera 62 trabalhos concebidos a partir de figuras geométricas elementares, como o círculo e o retângulo. Trata-se de uma pequena amostra da diversidade de abordagens e utilizações possíveis desses elementos na arte.  

Já no prédio original, conferi “Frans Krajcberg: reencontrar a árvore”, que disseca as relações entre arte e meio ambiente a partir da visão do artista polonês. Ele perdeu sua família durante a Segunda Guerra Mundial e veio morar no Brasil em 1949. Aqui, ele conheceu diversos biomas brasileiros, o que despertou uma consciência ecológica apurada. A mostra percorre 50 anos de sua produção em sete núcleos, dando luz às suas denúncias quanto ao drama ambiental vivido no Brasil.  

Vamos aos looks?

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1. Gravata para fugir do óbvio

Começando com esse look em climinha boyish! Para mim, o mais fundamental de uma roupa para ir visitar uma galeria é conforto: afinal, você caminha bastante, fica de pé, sobe escada… Se algo estiver te apertando ou incomodando, a arte não será a protagonista do programa, como deveria ser. 

O primeiro passo foi escolher a calça preta de alfaiataria. Segui no mood clássico com a camisa branca, que abotoei até em cima, e aí sim somei um toque mais fashionista: a gravata!  

Na intenção de quebrar o formalismo da peça, elegi a jaqueta jeans como terceira peça. Ela ficou abotoada só na altura da cintura, deixando visíveis as camadas da parte superior. Um mocassim preto arremata o look e os óculos com hastes de metal embutem um quê vintage.

2. Em tons terrosos 

Outro cenário das fotos foi a Pinacoteca de São Paulo, na região da Luz. Atualmente são três prédios: Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea. O primeiro é o mais antigo – inclusive, estamos falando do museu mais antigo do Estado de São Paulo –, e os outros dois foram construídos em 2004 e 2023, respectivamente. Nesse ecossistema todo, conheci a exposição “Mônica Ventura: Daqui um lugar”, em que a artista parte das cosmologias afro-ameríndias em um site-specific exposto no espaço central do edifício.  

Na Pina, entrei na paleta terrosa e apostei em um suéter clássico: marrom com listras pretas. Coloquei uma camisa branca por baixo para criar mais uma informação (e camada, afinal faz frio em São Paulo!), uma calça jeans, um mocassim e uma bolsa grande.

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Aliás, essa é uma boa dica, porque adoro levar um caderninho e fazer anotações das coisas que vejo em museus: vale registrar um sentimento evocado por uma obra, anotar o nome de outra, escrever o nome de um movimento que quero pesquisar depois…  

Um pequeno truque de styling deste look foi que arregacei as mangas do suéter, deixei os pulsos de fora e adicionei um bracelete prateado mais robusto. Ele traz um ar contemporâneo à produção, e combina demais com anéis no mesmo tom! 

3. Preto e branco têm sempre lugar cativo

De volta aos arredores do Masp, um look P&B, porque amo essa dupla e ela sempre aparece em meus looks. Uma t-shirt ampla no tom preto evoca um clima mais despojado. Para esquentar e criar um jogo de cores, coloquei embaixo uma camiseta branca de manga comprida – aqui, gosto de deixar as mangas puxadas para cima, assim ela aparece só um pouco: a ideia é fazer um charme!  

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Na parte de baixo, escolhi uma saia com uma fenda lateral, que mostra um pouco de pele e dá uma continuidade à base all black. O mesmo mocassim que apareceu nos demais looks retorna – avisei que conforto é prioridade máxima, né? 

Nesta produção, ainda adicionei uma bolsa ampla, também máxi, que se conecta à camiseta branca colocada no look. Posicionar dois elementos da mesma cor reforça sua intenção de criar uma paleta cromática. 

Agora, um pouco mais de Renner Cultural 

Ambas as instituições que mencionei aqui – Pinacoteca e Masp – são apoiadas pela Renner Cultural, que chancela os projetos artísticos apoiados pela empresa. Para dar um empurrãozinho e te incentivar a também consumir mais cultura, tenho uma dica de exposição em Porto Alegre – se você não sabe, a Renner é gaúcha! 

Na Casa de Cultura Mario Quintana, estão em cartaz duas mostras que entrelaçam corpo, natureza e futuro por meio de linguagens visuais e contemporâneas. 

A primeira é “O corpo na linha de borda”, cujas obras usam práticas têxteis em uma experiência de escuta do corpo como parte de um processo contínuo e coletivo de criação (até 26 de outubro). Já a outra é “O que virá depois”, que convida à reflexão acerca da regeneração do planeta por meio da arte com obras de Armarinhos Teixeira, que trabalha com tecnologia, e Nara Guichon, que usa tipologias manuais como crochê e bordado.  

Gostou do texto? Então, vem ver outras dicas de looks para dias mais friozinhos.