Weird girl aesthetic: tudo sobre a tendência, por Giulia Braide

Oie! Sou Giulia Braide, diretora criativa, e estou escrevendo aqui pois a Renner me convidou para um bate-papo sobre um dos meus assuntos favoritos. Vamos falar de estilo? 

Sabemos que estamos inseridos em uma cultura de moda cíclica, em que as tendências de moda vêm e vão de tempos em tempos. Muito se fala também do ciclo dos 20 anos, em que determinadas estéticas sempre voltam ao cenário de moda neste período de tempo. Mas a globalização e principalmente a massificação das redes sociais e, nesse caso em especial, do TikTok, vem acelerando esse processo, e criando uma grande quantidade de estéticas e estilos a cada dia. São inúmeras as possibilidades: ballet core, fetish core, indie sleaze e etc.  

Nessa onda, uma nova estética vem chamando a atenção nas redes: a WEIRD GIRL AESTHETIC, que traz um visual com influências dos anos 90 e da estética Y2K. Inclusive, esse estilo já apareceu em outros momentos e locais da história, como em Harajuku um epicentro de moda em Tóquio, no Japão. No final da década de 90, o visual maximalista, extravagante, colorido e descolado das garotas que frequentavam o bairro ficou popular em todo o mundo.  

O que é a weird girl aesthetic 

E agora, esse visual voltou a acender nas redes sociais: usuários compartilham suas produções repletas de camadas, cores, texturas e estampas, um maximalismo por vezes exagerado. Mas nós, weird girls (ah, sim, sou uma delas!), realmente não nos importamos em seguir uma determinada tendência do momento, queremos nos expressar através de nossas roupas, misturar todas as estéticas juntas e, a partir disso, criar nosso próprio estilo, vestir o que realmente nos faz bem. 

O objetivo aqui não é parecer feio ou esquisito, como apenas mais uma vertente do ugly fashion, mas é justamente questionarmos esses conceitos e padrões impostos. Trata-se de simplesmente vestir o que queremos, sem abrir mão de nossos desejos  ou abandonar nossa personalidade e estilo próprios, mas sim conectar todos esses pontos de maneira extravagante, maximalista, desequilibrada e ainda harmoniosa. Isso cria um visual completamente único e autêntico, capaz de ressaltar toda nossa personalidade. 

Como se vestir como uma weird girl 

Quer uma outra referência desse estilo? Algumas das maiores modelos da atualidade, que também são ícones do street style, têm dispensado a ajuda profissional de stylists para criarem seus próprios looks, fazendo aparições com combinações mega diferentes de até um pouco peculiares digamos assim. Nelas, a mistura de peças vintage, esportivas, crochê, tricô, mocassins, saias mídi, casacos de pelo, estampas e uma grande gama de cores por produção garante um visual cheio de autenticidade. 

Então, se você se identificou com esses babados e já cria seu próprio estilo ou quer começar a criar produções autênticas, que expressem sua personalidade e não sigam a uma única vertente de estilo, talvez você seja uma weird girl (já te amo).  

Para quem está afim de iniciar sua jornada de autodescoberta e começar a criar looks babadeiros, vamos a algumas dicas: 

• O 1° passo é se libertar das opiniões alheias, não se importar em seguir padrões ou aquela determinada tendência viral da internet.

• Seu único objetivo deve ser agradar a si mesma e estar feliz com as roupas que veste e se sentir confortável dentro delas.

• Teste peças que ficam paradas no seu guarda roupa. Se vai vestir algo que considera muito glamuroso, que tal combinar com peças esportivas e acessórios divertidos?

• Misture estampas e texturas. Por que não usar uma saia de poá, com uma camisa florida? Ou uma calça de paetês com um tricô listrado? O céu é o limite! Camadas são sempre bem vindas. Se bem construídas, elas trarão informações à produção, deixando o visual mais interessante. Peças com texturas como tricô e crochê são ótimas opções para diversificar as produções, principalmente em modelagens bem amplas.

• Os acessórios são seus melhores amigos, use e abuse de todos juntos & misturados.

• As cores não só podem como devem ser usadas juntas, principalmente se conversarem entre si e formarem um aspecto harmonioso no look completo.

Enfim, o babado é grande e abrange inúmeros aspectos do nosso cotidiano. Poderíamos ficar por dias a fio conversando e entendendo como podemos sempre sair da caixinha e criar um look que nos represente. Vamos continuar esse papo no meu Instagram? Estou louca para ver as produções de vocês e saber como esse post os inspirou!