Quantas vezes você já foi definido por um rótulo? Seja pela profissão, pela aparência ou por uma característica, a verdade é que nossa identidade vai muito além de qualquer etiqueta. Foi essa reflexão que deu o tom do evento “Meu nome não é PcD”, realizado na sede da Lojas Renner S.A., em Porto Alegre.
Setembro é marcado como Mês da Luta da Pessoa com Deficiência, um período dedicado a dar visibilidade às histórias, lutas e conquistas desse público. Nosso encontro foi um manifesto sobre reconhecer as pessoas em sua totalidade, além de um convite para repensarmos atitudes, combatermos o capacitismo e celebrarmos a singularidade de cada indivíduo.
Confira os detalhes desse encontro.
‘Meu nome não é PcD’: o manifesto por trás do evento
No dia 17 de setembro, a sede administrativa da Lojas Renner S.A., em Porto Alegre, recebeu um encontro especial que uniu arte, reflexão e inclusão. Com a presença da atriz Leticia Sabatella (@leticia_sabatella), diagnosticada aos 52 anos com autismo, o evento abriu espaço para conversas profundas sobre diversidade, inclusão e autoconhecimento.
A palestra, promovida pelo programa de diversidade e inclusão da nossa companhia – Plural, em parceria com o Grupo de Afinidade de Pessoas com Deficiência – Capacidades, trouxe um manifesto importante de ser dito e ouvido: “Meu nome não é PcD”.
A frase é um chamado para reforçar que cada pessoa existe além de rótulos ou siglas. Afinal, antes de qualquer diagnóstico, existe uma identidade única, cheia de histórias, talentos, conhecimentos, desejos e afetos. Esse encontro nos lembrou de algo fundamental: inclusão não é sobre cumprir cotas, é sobre reconhecer potências individuais e criar ambientes em que todas as pessoas possam prosperar.
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Leticia Sabatella fala sobre autoconhecimento e identidade
A presença da atriz, cantora e diretora Leticia Sabatella tornou o evento ainda mais inspirador. Diagnosticada aos 52 anos com autismo, ela compartilhou sua trajetória de descobertas pessoais e profissionais, mostrando como um diagnóstico pode ser libertador.
Para Leticia, o diagnóstico foi um antipadrão – em vez de limitar, ele abriu espaço para sua autenticidade:
“O diagnóstico permite que você seja o que você é. […] Ele realmente permite que singularidades apareçam, e cada pessoa com o diagnóstico vai ter uma expressão própria, porque vai conseguir ser ela mesma com sua própria autenticidade.”
Essa fala nos convida a repensar como percebemos a diversidade, não é mesmo? Em vez de um peso, o diagnóstico pode ser uma chave de autoconhecimento e empoderamento.
A atriz também destacou o papel da arte como instrumento de conexão e transformação. Segundo Leticia, a sensibilidade que carrega para a vida e para suas personagens nasce justamente da capacidade de observar e se colocar no lugar do outro. Essa entrega artística reforça a ideia de que a vulnerabilidade pode ser uma força para gerar empatia e inclusão.
Lições para um dia a dia mais inclusivo
O encontro não parou na inspiração e trouxe também aprendizados práticos para nossa rotina. Um dos aprendizados foi que capacitismo é toda forma de discriminação contra pessoas com deficiência. E ele está presente em detalhes do dia a dia, basta prestar um pouco mais de atenção.
De comentários que reduzem alguém ao seu diagnóstico até barreiras invisíveis que dificultam a participação plena no mercado de trabalho, o capacitismo está aí, e cabe a nós refletirmos e agirmos para mudar esse cenário.
Leticia nos convida a exercitar um novo olhar:
“Sempre que olhar uma pessoa e ver alguma coisa que te é estranha, a prática é mergulhar mais e se aprofundar no olhar sobre o outro. […] Esse é um exercício sensibilizador que nos dá muita força e muita capacidade.”
Em outras palavras, acolher o diferente é um treino diário de empatia. A atriz também lembrou que grandes transformações nascem da colaboração. Ela citou um exemplo marcante de como o conhecimento só ganha força quando é compartilhado, reforçando que ninguém é completo sozinho:
“Eu vi uma vez um cientista falando: ‘Não, eu não posso ter uma informação sobre a cura do câncer e guardar ela para mim […]. Se eu tenho uma informação, vou colocá-la na comunidade e outro cientista vai usar essa informação e assim que vai se dar a cura do câncer através dessa complementaridade.’ Então, sinceramente, eu só acredito na complementaridade porque eu não acredito em uma pessoa absolutamente perfeita ou completa que vem aqui salvar a situação e que vai resolver tudo.”
Essa visão nos inspira a valorizar equipes diversas, em que cada talento contribui de forma singular para o coletivo.
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O compromisso da Renner com a diversidade
Na Lojas Renner S.A., diversidade e inclusão são valores sempre presentes. O Plural e o Capacidades são espaços de diálogo e transformação que atuam para que cada pessoa se sinta reconhecida por ser quem é, sem ser reduzida a um rótulo.
Essa postura conecta-se a outras iniciativas da nossa companhia, como a jornada de sustentabilidade da Renner e o investimento em uma moda responsável, que busca transformar não apenas o jeito de consumir roupas, mas também a forma como convivemos em sociedade.
O evento “Meu nome não é PcD” foi muito mais do que uma palestra. Foi um manifesto sobre identidade, acolhimento e empatia – um lembrete de que cada pessoa é um universo singular, cheio de potências e possibilidades.
E essa é só uma parte da jornada cultural que estamos construindo juntos. Conheça também nossas ações culturais em Museus pelo Brasil, aqui no blog da Renner!
E se você também acredita nesse movimento de inclusão, saiba que a Renner tem vagas abertas para pessoas com deficiência. Venha fazer parte do nosso time e ajude a construir um futuro mais diverso e acolhedor!