Astrid Fontenelle: “Sou dona da minha história e decido diariamente dizer sim para minha independência”

Liberdade, substantivo feminino que no dicionário tem como primeiro significado “grau de independência legítimo que um cidadão, um povo ou uma nação elege como valor supremo, como ideal”. Por isso mesmo acho que esse conceito de liberdade deveria ser estudado na escola, nos primeiros anos. Afinal, liberdade passa por direitos de cidadão – liberdade de expressão, religiosa… ,  mas muito mais importante,  a liberdade e seu conceito devem ser falados, muito falados, e praticados em casa.

Foi em casa que aprendi a viver na prática a liberdade. Gosto de contar o quanto aprendi sobre isso com minha mãe que, em 1962, disse não para quem tentou oprimi-la – meu pai. Eu tinha seis meses e ela ainda não havia concluído seu curso de educação básica, para formação em professora. Cresci com Dona Malu reforçando a importância dos estudos e depois do trabalho para que eu pudesse ser livre. E isso norteou minha vida. Tenho sede de aprender, de estudar e AMO meu trabalho.

A dona da história

Hoje sou dona da minha história e decido diariamente dizer SIM para minha independência, para minhas escolhas, sempre voltadas para o que será melhorar pra mim e também para os meus, porque é possível viver livre junto. Sim, é possível ser livre junto! Amando. Porque liberdade não é sair por aí. Liberdade é acreditar e confiar no outro.

Gosto muito de uma frase do Dalai Lama: “Dê a quem você ama  asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar”.  É urgente aprender a dizer não para quem ousa nos invadir ou aprisionar e dizer sim, bem firme, para nossas escolhas.

Não se amarre nas crenças dos outros. Nem na moral dos outros. A liberdade de ser quem se é não tem o que pague. Ser livre é aprender a voar com nossas próprias asas, sendo coerente com os próprios valores e vontades. Ser livre é condição querida, conquistada, experimentada e, uma vez livre, nunca ninguém ousará te prender!